Se as crianças já nascem sabendo, andam com preocupações de adulto na cabeça e,
principalmente, são muito diferentes de nós quando tínhamos a idade delas,
só nos resta uma coisa a fazer: ajudá-las a serem mais felizes hoje.
Ser criança hoje em dia é diferente do que ser criança nos velhos tempos? Essa é o tipo de pergunta que, vira e mexe, assola a cabeça de todo e qualquer adulto, com mais de 30, 40 anos. E a resposta para ela é ... sim, há muita diferença! Quando a gente era pequeno, inegavelmente não dispúnhamos de desse gigantesco aparato tecnológico de computadores, videogames, MP3 e outras coisas mais, que, atualmente, os garotos têm à sua disposição, bem ao alcance de uma mesada ou de uma ligeira "facadinha" no bolso dos papai ou na bolsa da mamãe. E quantas vezes, nós, pais e mães, não abrimos nossas carteiras apenas por auto-indulgência, como forma de compen sar nossa ausência na vida de nossos filhos, por causa do trabalho, dos compromissos e das (outras) contas a pagar, não é mesmo?!
Meninos e meninas desses novos tempos são muito mais espertos do que a gente era na idade deles. Quantas vezes você já não ouviu - ou mesmo, pronunciou - aquela célere frase: "- Nossa, a molecada de hoje já nasce sabendo!" E a verdade é que nasce mesmo. Há alguns anos, o psicólogo americano Andrew Meltzoff, professor da Universidade de Washington, começou a estudar o desenvolvimento intelectual e emocional do ser humano, e passou a observar bebês.
Logo descobriu que eles são muito mais espertos do que se pensava. Ele comprovou isso com a publicação de uma pesquisa revolucionária em que mostra que os recém-nascidos imitam expressões faciais dos adultos, porque, efetivamente, eles sabem e demonstram saber que são semelhantes a nós. Mais recentemente, Meltzoff soltou uma conclusão lapidar em seu livro The Scientist in the Crib (O Cientista no Berço): "Bebês são como cientistas, querem entender o mundo. Para tanto usam o que podem, inclusive os pais como seus ratos de laboratório." Pura verdade.
Uma outra definição muito interessante sobre as crianças vem do poeta, escritor, jornalista, conferencista e intelectual espírita argentino Humberto Mariotti, morto em 1982. Ponderava ele que, se o inferno são os outros, a felicidade também o é. Se não existe in ferno sem os outros, também não há felicidade sem eles. "Amar é algo que já se nasce sabendo", disse ele, muito sabiamente, a uma certa altura de seu trabalho.
(este artigo continua no próximo post)
Copiado do sindipan.,org.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário