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domingo, 28 de novembro de 2010

ATITUDES DE AMOR : Um movimento não institucionalizado.



Esta é uma matéria muito interessante, mas por ser muito extensa resolvi postá-la em duas partes. A primeira, segue abaixo e a segunda no próximo post.

Fiquem na Paz e uma ótima semana!

"Quero informar, em primeiro lugar, que este movimento vem ocorrendo desde o início deste século e dele só tomei conhecimento recentemente. Portanto, meu papel é apenas o de uma recém-chegada.
Como sempre é possível que alguém levante dúvidas sobre a autenticidade da mensagem de Bezerra de Menezes, inserida no início deste opúsculo, na qual ele fala sobre o novo período do Espiritismo, prefiro não entrar no mérito dessa questão, por entender que, se ela não fosse autêntica, mereceria sê-lo; basta observar um pouco e refletir mais um tanto, para perceber a sua lógica e sentir o quanto é oportuna.
Assim, não percamos o trem da história, gastando precioso tempo com especulações, mas busquemos analisar com a mente, sentir com o coração e levantar esta bandeira, porque ela reflete as nossas mais prementes necessidades deste momento.
O movimento Atitudes de Amor não tem donos. É plural e aberto, não institucionalizado.
Sua finalidade é a propagação e aplicação de orientações procedentes do mundo espiritual, endereçadas a todos os espíritas, que certamente irão percebê-las de acordo com seus próprios conteúdos.
Muitos talvez digam que se trata de esforços inúteis. Outros, que é um “movimento paralelo” engendrado por opositores desencarnados, visando desestabilizar o movimento espírita organizado. Muitos outros assimilarão da mensagem apenas o que lhes interessa e outros tantos se manterão indiferentes.
Muitos companheiros, no entanto... realmente serão muitos os que sentirão em seus corações a verdade dessas orientações e, movidos por profundos impulsos de amor e de alegria, partirão para o trabalho, com vistas a materializar tais idéias e entendimentos nas suas vidas e atitudes, assim como nas instituições espíritas em que labutam.
Em nome dos espíritos responsáveis por este movimento, dos reencarnados já engajados e dos outros que lhe deram início, recebamos todos nós as boas-vindas ao trabalho e procuremos tornar-nos a cada dia mais fortes, mais fraternos e solidários. Isto é necessário porque qualquer mudança de paradigmas se faz acompanhar por inúmeros obstáculos (muitas vezes provocados por adversários invisíveis), por muito trabalho, muitas decepções, injustiças e ingratidão, mas também por indefiníveis júbilos.
Pela oportunidade, por mais ínfima que seja, agradecemos ao Senhor da Vida, ao Mestre Jesus e aos espíritos benfeitores, que nos permitiram e possibilitaram participar da realização deste pequeno trabalho.


Terceiro período do Espiritismo

É fácil perceber que estamos vivendo o final de uma civilização decadente, mas também já é possível entrever prenúncios que indicam estarmos iniciando um processo de transição para uma nova era ou, como disseram os espíritos na codificação do Espiritismo, esse transitar seria de mundo de provas e expiações para o de regeneração. Isto pode ser observado nos muitos movimentos pela paz, pela ecologia, pelo respeito aos diferentes, pela fraternidade, pelo amor, pela vida. São movimentos que vêm surgindo em várias partes da Terra. É a ciência descobrindo que a vivência dos valores da alma é benéfica para o corpo, induzindo o ser humano ao perdão, à fraternidade e à paz; e a Psicologia buscando caminhos interiores para as pessoas conhecerem melhor a si mesmas e se tornarem mais equilibradas, mais plenas. E tudo isso, desvinculado de aspectos religiosos.
Procedentes do mundo espiritual, vêm se materializando na Terra inúmeras obras psicografadas ou “canalizadas”, não apenas nos meios espíritas. Nestas, temos o excelente trabalho de benfeitores como Joana de Angelis, Hammed e Ermance Dufaux. Fora do âmbito espírita, vamos encontrar inúmeros autores cujos livros, traduzidos para vários idiomas, alcançam grande número de edições, mostrando como atitudes antifraternas e de negação da vida, do afeto e da alegria causam inúmeros males, principalmente enfermidades. Outros realizam extraordinários trabalhos de desenvolvimento espiritual, como o Pathwork de Eva Pierrakos, canal através do qual falava uma entidade espiritual de grande sabedoria, a quem chamavam apenas de “o Guia”, visando mudar os padrões de pensamento, ensinando as pessoas a se amarem e sentirem-se plenas, abrindo espaços para o amor universal, a fraternidade e o contentamento.
Essa expectativa de transição, no entanto, muda muita coisa, e é nos meios espíritas que devemos estar mais atentos para o papel que nos cabe neste momento, em virtude dos conhecimentos transcendentais da Doutrina professada por nós, da assistência permanente dos espíritos benfeitores e dos compromissos que assumimos com nossa própria consciência e com aqueles que avalizaram nossa reencarnação.

Conforme Bezerra de Menezes, estamos adentrando a terceira etapa do Espiritismo, na qual se criará entre nós, seus adeptos, o período da ATITUDE. Nessa etapa, pretende-se também a maioridade das idéias espíritas.
Essa informação está contida num relato feito pelo espírito Cícero Pereira, no livro Seara Bendita, psicografado pelo médium Wanderley Soares de Oliveira (MG). Nesse relato Cícero descreve um memorável encontro ocorrido no mundo espiritual, ao término do Congresso Espírita Brasileiro de 1999, em Goiânia.
Desse encontro, conforme Cícero Pereira, participaram mais de cinco mil espíritos desencarnados e encarnados, quando então Bezerra, em nome do espírito Verdade, apresentou uma série de diretrizes que representam verdadeiro planejamento estratégico para o novo período do Espiritismo, que se iniciaria com o novo século. Essas diretrizes, como se pode perceber, estão inteiramente alicerçadas sobre o maior dos valores defendidos por Jesus, o amor. Isto nos dá tranqüilidade quanto à sua procedência, lembrando que o Mestre afirmou: “Pelos frutos os conhecereis”.
Disse, então, Bezerra, que o primeiro período do Espiritismo, de setenta anos, constituiu a fase da consagração das origens e das bases em que se assentam a Doutrina, as quais lhe conferiram legitimidade.
Os setenta anos seguintes representaram o tempo da proliferação.
Com relação ao terceiro período, de outros setenta anos, afirmou: “Esse novo tempo deverá conduzir a efeitos salutares a nossa coletividade espírita, criando entre nós, seus adeptos, o período da atitude. O velho discurso sem prática deverá ser substituído por efetiva renovação”; “O núcleo espiritista deve sair do patamar de templo de crenças e assumir sua feição de escola capacitadora de virtudes e formação do homem de bem, independentemente de fazer ou não com que seus transeuntes se tornem espíritas e assumam designação religiosa formal”; “A diversidade é uma realidade irremovível da Seara e seria utopia e inexperiência tratá-la como joio. Imprescindível propalar a idéia do ecumenismo afetivo entre os seareiros, para que a cultura da alteridade seja disseminada e praticada no respeito incondicional a todos os segmentos”. (Grifos nossos)

Como podemos perceber por estas rápidas pinceladas, as diretrizes trazidas por Bezerra são de molde a mudar paradigmas e essas mudanças são absolutamente necessárias para podermos acompanhar a transição em andamento, porque transição sempre muda muita coisa.
Podemos observar também que o discurso de Bezerra foi todo vazado numa linguagem muito forte, peremptória, imprópria de seu estilo suave, porque naquele momento, como informado, ele estava transmitindo o pensamento do Espírito Verdade, em orientações de grande importância e seriedade para o movimento espírita.
Já o detalhar dessas diretrizes, quanto a formas, roteiros e procedimentos, vem sendo trazido do mundo espiritual por diversas vias, principalmente através do espírito Ermance Dufaux, nos livros psicografados por Wanderley S. Oliveira (MG), tais como Mereça ser Feliz, Laços de Afeto, Reforma Íntima sem Martírio e Unidos pelo Amor, editados pelo INEDE (MG), representando poderosos instrumentos para o desenvolvimento dos valores da afetividade e crescimento interior do ser.
Ermance, em sua última encarnação, foi uma das médiuns da codificação. Hoje, ao lado de Bezerra de Menezes, Eurípedes Barsanulfo, Maria Modesto, Cícero Pereira e outras entidades de escol, vem trabalhando intensamente para difundir essas novas idéias, visando a sua materialização nos ambientes espíritas, pois conforme disse Bezerra, referindo-se ao novo período do Espiritismo, “o núcleo espiritista deve sair do patamar de templo de crenças e assumir sua feição de escola capacitadora de virtudes e formação do homem de bem”.
Bezerra refere-se às instituições espíritas como “templos de crenças”. O que isto significa?
Certamente ele se refere à crença no conhecimento espírita em ambiente de templo, onde nos reunimos para manifestar nossa fé, dentro das diretrizes do Espiritismo. Até este ponto, tudo está certo, mediante nossa visão atual. Mas é bom observar que, nesse ambiente da nossa fé, há muita disputa de variada natureza, e há aquela idéia de que somos os únicos detentores da Verdade, por cuja pureza devemos lutar “com unhas e dentes”, porque nela está a salvação da humanidade.
É nesse momento que Bezerra, com muita clareza, apresenta um novo paradigma, pelo qual o centro espírita deverá sair desse patamar de mero “templo de crença”, para se constituir uma “escola capacitadora de virtudes” e formação do homem de bem.
Reflitamos juntos sobre o significado destas palavras.
Fica claro que capacitar o ser para a vivência das virtudes é mais importante do que a crença que ele possua, porque a humanidade, para evoluir, necessita de “homens de bem”, sendo de somenos importância o que acreditam em termos de religião. Não é alguma doutrina ou religião que vai salvar o mundo, mas sim o próprio homem, quando se tornar mais fraterno e ético. Assim, o foco principal do Espiritismo, ou das atividades espíritas, deverá sair do emaranhado de discussões doutrinárias que a nada de bom conduzem, passando a ocupar-se com mais intensidade do seu aspecto de escola, na qual se aprende a vivenciar o amor, a fraternidade, a alteridade, a honestidade, a ética e demais virtudes que fazem do ser uma presença sempre benéfica.
Com essa mudança, os espíritas estarão praticando verdadeiramente o amor ao próximo e atuando com mais segurança na transformação do ser humano.

Alteridade

Mas o que significa essa alteridade de que fala Bezerra?
Esse é um termo que vem sendo cada vez mais utilizado não apenas nos meios espíritas, e seu significado reflete uma nova mentalidade, aquela que irá vigorar na civilização que deverá transformar a Terra num mundo de regeneração, porque se refere à aceitação das diferenças; também significa a não-indiferença, o aprender com os diferentes, o amar e acolher o outro, aceitando e respeitando as suas diferenças.
É uma palavra que representa, em sua profundidade, as leis cósmicas de convívio entre os seres.
A pessoa que a vivencia passa a ser mais fraterna em todos os sentidos, deixando de criticar, julgar, agredir, excluir, desprezar...
A não-crítica, a não-agressão, o não-julgamento deixam o ser em paz consigo mesmo, com a humanidade, com a vida.
Muitos poderão contestar dizendo que atitudes assim tornam a criatura alienada. Mas há grande diferença entre analisar de forma construtiva e julgar, criticar, marginalizar, excluir, desprezar, enviar uma vibração negativa para o que, ou a quem, se considera inferior ou errado, seja ele uma pessoa, uma instituição ou uma nação, já que as instituições e as nações são formadas por pessoas.
O ser humano, dentro dos seus critérios de crítica, habituou-se a tudo rotular. Assim, vendo os outros sob o enfoque dos rótulos que lhes colocamos, geralmente irreais, quase sempre mantemos esses enganos durante toda a vida. Por exemplo, se em algum momento concluímos que “fulano” é preguiçoso, estamos lhe colocando esse rótulo e, a partir de então, sempre o teremos na conta de preguiçoso, a não ser que algum fato novo venha nos provar o contrário.
Pense por alguns instantes, caro leitor, sobre quais rótulos os outros lhe terão aplicado...
Numa postura alteritária, os rótulos tendem a desaparecer, porque passamos a ver o outro como alguém que vem de longos percursos reencarnatórios, assim como nós mesmos, tendo aprendido muito com as lutas, dores e alegrias dos caminhos, mas ainda com muitas falhas, um tanto imaturo em termos de evolução e necessitado de crescer interiormente, exatamente como nós próprios. Assim, podemos mais facilmente amá-lo apesar das diferenças, respeitando seu inalienável direito de ser como deseja, porque tudo é aprendizado no bojo da vida.
Quanto aos relacionamentos nos meios espíritas, voltemos às sábias palavras de Bezerra: “A diversidade é uma realidade irremovível da Seara e seria utopia e inexperiência tratá-la como joio. Imprescindível propalar a idéia do ecumenismo afetivo entre os seareiros, para que a cultura da alteridade seja disseminada e praticada no respeito incondicional a todos os segmentos”.
Sendo pois a “diversidade uma realidade irremovível da Seara”, importa que todos os segmentos se dêem as mãos fraternal e alteritariamente, despreocupados de detalhes ou diferenças doutrinárias, e voltem-se para cuidar com todo esmero da questão fundamental: desenvolver amor nos meios espíritas, porque é ele, o amor, o mais importante de tudo. Aqueles que dão grande importância aos detalhes doutrinários, quando aprenderem a amar verdadeiramente, encontrarão meios pacíficos e agregadores para debater suas idéias e tentar convencer os que entendem estar em erro.
A propósito, os segmentos citados por Bezerra refletem as diversas tendências existentes no movimento espírita: os que pugnam pela “pureza doutrinária”, os que seguem as idéias de Roustaing, os que se identificam com o pensamento de Ramatís, de Pietro Ubaldi, de Edgar Armond, os que têm maiores afinidades com Chico Xavier, etc.

Amor

Se refletirmos minimamente sobre a situação do nosso movimento, perceberemos logo que o seu maior e mais doloroso problema está na ausência de amor, de afeto nas relações entre os companheiros e destes para com os que procuram a casa espírita, necessitados de ajuda. No entanto, o Mestre recomendou enfaticamente: “Amai-vos uns aos outros”. E informou: “Meus discípulos serão conhecidos por muito se amarem”.
Diante desta tão simples constatação, podemos perceber que a ação mais importante e urgente está em desenvolver-se amor e afeto nos nossos meios.
O amor, em termos de evolução, é tão importante quanto o próprio ar que respiramos. Informam espíritos benfeitores que, nas dimensões espirituais mais elevadas, a sua nutrição está essencialmente no amor. O grande apóstolo Paulo de Tarso disse: “Ainda quando eu falasse todas as línguas dos homens e a língua dos próprios anjos, se não tiver amor serei como um bronze que soa, ou um címbalo que retine. Ainda quando eu tivesse o dom da profecia, que penetrasse todos os mistérios e tivesse perfeita ciência de todas as coisas, e ainda quando tivesse toda a fé possível até o ponto de transportar montanhas, se não tiver amor, nada sou”.
Prestemos atenção nestas palavras: “...que penetrasse todos os mistérios e tivesse perfeita ciência de todas as coisas, se não tiver amor, nada sou”.
Pergunto: Por que nos meios espíritas se valoriza tanto o estudo doutrinário, ou seja, “o penetrar nos mistérios e aquisição da perfeita ciência de todas as coisas”, e tão pouco se trabalha para desenvolver amor? Por que, com tantas possibilidades educativas do mundo moderno, quando a Psicologia e outras ciências vêm apresentando inúmeros recursos para ajudar o ser humano a trabalhar de forma positiva seus sentimentos, a ter mais equilíbrio, a viver melhor consigo e com os outros, o movimento espírita organizado não prioriza a vivência do Espiritismo, o crescimento interior, a geração de amor entre os trabalhadores da seara, os freqüentadores e as instituições?
O estudo doutrinário certamente é importante, porém mais ainda que esse mero estudo é a sua prática, a vivência daquilo que ele nos ensina.
Quantos de nós temos a cabeça cheia de conhecimento espírita, mas o coração vazio de amor! Isto representa desequilíbrio evolutivo, dificultando ou atrapalhando a caminhada.
O conhecimento que trazemos sinaliza para a prática do bem, da caridade. Esse já é um passo importante. É quando começamos a refletir luz, mas ainda não temos luz própria.
Mas quando começamos a desenvolver amor em nossos sentimentos, em todo o nosso interior, e este passa a irradiar-se de nós, refletindo-se em nossas atitudes, então começamos a ter luz própria, porque amor é luz de Deus.
Quando o movimento espírita passar a dedicar-se à vivencia dos ensinamentos do Mestre e do Espírito Verdade, então, sim, estaremos fazendo um espiritismo verdadeiro, com luz própria. Por enquanto essa luz ainda permanece um tanto quanto escondida nas páginas da codificação.
Vejamos a esse respeito alguns trechos extraídos dos livros de Ermance Dufaux.
“Amar é uma aprendizagem. Conviver é uma construção.”
Será que, nas atividades da casa espírita, somos conduzidos a essa aprendizagem do amor? Será que somos “trabalhados” no sentido de convivermos cada vez melhor? Há reuniões sistemáticas visando a esse desiderato, de forma realmente prática e proveitosa? Estamos construindo um convívio verdadeiramente fraterno e alteritário?
“Não existe amor ou desamor à primeira vista, e sim simpatia ou antipatia. Amor não pode ser confundido com um sentimento ocasional e especialmente dirigido a alguém. Devemos entendê-lo como O Sentimento Divino que alcançamos a partir da conscientização de nossa condição de operários na obra universal, um “estado afetivo de plenitude”, incondicional, imparcial e crescente.”
O amor realmente só o é quando incondicional, imparcial e crescente. É como uma fonte sempre em estado de doação, sem guardar-se para uns ou outros. Quem ama não necessita de que o amem, porque o amor verdadeiro nutre-se nas fontes do amor divino, ou cósmico.
Se refletirmos um pouco, podemos perceber o quanto o nosso amor é ainda um simulacro, mas conforme diz Ermance, é uma aprendizagem, portanto podemos aprender a amar. Mas para isso não bastam meras leituras ou estudos, é preciso muito mais. As leituras e estudos geram predisposição, mas realizar a construção do amor na intimidade do ser a irradiar-se nas atitudes do cotidiano pede firme decisão e exercício contínuo. Para tanto, os centros espíritas podem organizar reuniões e oficinas, nas quais os participantes, unindo esforços e ideais, encontrarão inúmeros recursos que os ajudem efetivamente nessa construção.
“Mesmo entre aqueles que a simpatia brota instantaneamente, amor e convivência sadia serão obras do tempo, no esforço diário do entendimento e do compartilhamento mútuo do desejo de manter essa simpatia do primeiro contato, amadurecendo-a com o progresso dos elos entre ambos”. (...) “Relações exigem cuidados para serem edificadas no amor, e esse aprendizado exige os testes de aferição no transcorrer dos tempos.”
Uma instituição espírita que queira ter um ambiente fraterno e de bom convívio entre seus membros e freqüentadores precisa desenvolver ações nesse sentido, intentando a educação dos sentimentos entre todos que por ali transitam. O mero conhecimento doutrinário e estudos do Evangelho não são suficientes. Quantos irmãos das mais diversas religiões que conhecem de cor os textos bíblicos e sabem citar exatamente onde se encontram tais e quais dizeres do Evangelho vivem de forma absolutamente antifraterna, gananciosa, orgulhosa...
A cabeça cheia de conceitos espíritas só tem valor quando em sintonia com o coração, e refletindo-se nas ATITUDES.
 “A terapêutica do amor é, sem dúvida, a melhor e mais profilática medicação do Pai para seus filhos na criação. Compete-nos, aos que nos encontramos à míngua de paz, experimentá-la em nossos dias, gerando fatos abundantes de amor, vibrando em uníssono com as sábias determinações cósmicas estatuídas para a felicidade do ser na aquisição do glorioso e definitivo título de Filhos de Deus.”
Ermance fala em gerar fatos abundantes de amor..., mas para isso necessitamos desenvolvê-lo em nós.
Mas se entendermos que bastarão pequenas ações aqui e ali, estaremos apenas nos enganando. Para que o amor venha a fluir de nós, assim como as águas fluem de uma fonte, é preciso priorizar a abertura de canais para o mais Alto e assim, nutrindo-nos no amor universal, aprender a estabelecer a sua presença em nós, a dinamizá-lo, a imprimi-lo em todo o nosso ser.
Um bom exercício para desenvolver esse sentimento divinal é acostumarmo-nos a olhar para qualquer pessoa, seja quem for, e sentir por ela afeto, carinho, desejando-lhe tudo de bom. Isto fica mais difícil quando se trata de algum desafeto ou alguém com aspecto de pessoa má ou desagradável, mas é justamente aí que começamos a vivenciar o amor incondicional. Esse exercício tem vários efeitos benéficos, porque imprimir amor nos sentimentos nos eleva a freqüência vibratória, livrando-nos da sintonia com irmãos das sombras; fortalece nosso sistema imunológico, conforme a ciência vem constatando, proporcionando mais saúde e bem-estar, além de favorecer a grandiosa construção desse sentimento em nós, o mais importante dos valores, priorizado por Jesus quando formulou o maior de todos os mandamentos, dizendo: “Ama a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a ti mesmo”.
Mas há algo muito importante a ser observado, com relação ao amor. Ele necessita de sabedoria para haver equilíbrio. O amor e a sabedoria formam as duas asas da evolução e nada decola só com uma asa.
Disse o espírito Miramez que a caridade só deve ir até onde não se faça em ninho para aproveitadores.
Muitos erros se têm cometido em nome do amor, quando este passa a acobertar a omissão. Mas quando amamos verdadeiramente, nosso foco será sempre o melhor para os objetos desse amor, mesmo que tenhamos de tomar medidas ou atitudes aparentemente opostas. Os pais que realmente amam seus filhos, muitas vezes, terão de negar-lhes algo ou até mesmo castigá-los, visando encaminhá-los para condutas mais adequadas e para aquisição de valores éticos, morais e espirituais, ou seja, o melhor para eles.
Assim, convém meditar sobre esses meandros todos, a fim de nunca nos tornarmos omissos e para que a nossa mente aprenda a pensar com amor, e o nosso coração a amar com sabedoria.
Mais uma razão importantíssima para trabalharmos intensamente no sentido de gerar amor é o estado espiritual da nossa humanidade atual, que criou em torno do planeta um ambiente de pesadas vibrações, geradas principalmente pelo tipo de emoções vivenciadas por grande número de pessoas, induzidas por filmes violentos, amorais e de horror; por jogos que a juventude “curte” adoidadamente, nos quais matar se torna diversão; por noticiários sobre crimes e acidentes, etc. Sabemos que esse “astral” pesado que vibra nos ambientes da Terra influencia a humanidade, levando-a mais e mais a afundar-se nesse abismo. Se sabemos de tudo isso, é fácil entender qual a nossa responsabilidade. Assim, gerando amor, que é a mais poderosa das vibrações luminosas, estaremos colaborando grandemente para eliminar um pouco dessa sombra, substituindo-a por luz.

 Santificação de adorno

Quando tomamos contato com o Espiritismo e passamos a participar de reuniões, ouvir palestrar, ler livros espíritas, encantamo-nos com a beleza dessa Doutrina e ingressamos nessa corrente que visa à evolução do ser, à transmutação de valores negativos em positivos. E, com o passar do tempo, sutilmente também vamos incorporando às nossas atitudes exteriores a “santidade de adorno”, da qual fala Ermance Dufaux no livro Reforma Íntima sem Martírio. Isto ocorre por assimilarmos aquelas idéias, que fluem como “clichês” nos nossos ambientes, de que o espírita precisa ser assim ou assado, que não pode isso, não pode aquilo. Então, sem nem perceber, acabamos por apresentar comportamentos que ainda não têm raízes mais profundas no terreno da alma. A adoção de máscaras de uma santidade irreal é muito natural no nível evolutivo em que nos encontramos, mas prejudica muito nossa evolução, além de nos causar profundas decepções quando retornarmos ao mundo espiritual.
Além disso, estamos no limiar de uma nova era para a humanidade e ingressando num novo período para o Espiritismo. Portanto, é hora de começarmos a nos olhar com muita clareza e verdade; mergulhar em nosso interior, além de qualquer máscara, e sem qualquer constrangimento diante de tantos valores negativos, tantas manhas e artimanhas que iremos observar nesse mergulho, e iniciar o trabalho do nosso crescimento consciente como seres cósmicos que somos. E será esse próprio crescimento que irá nos levar firmemente a retirar as velhas máscaras, mas não com aquela postura habitual em cujo bojo está a sutil intenção de que os outros nos vejam como portadores da tão decantada virtude, a humildade.
Esse é um passo dificílimo, principalmente para quem é visto como um “bom espírita”, e para quem ocupa posições de destaque nas atividades, ou dentro da instituição.
Então, pergunto sobre o que é mais importante: crescer no conceito da nossa comunidade, mas sofrer no além-túmulo, carregando seqüelas para as futuras encarnações, ou conduzir-nos (nos pensamentos, atitudes, palavras, sentimentos e ações) visando tão somente buscar nosso crescimento interior, apoiando-nos, inclusive, uns nos outros, para mais facilmente podermos alcançar nossas metas, sem recear julgamentos humanos, nem mesmo discriminações?
Essa segunda opção certamente é bem mais difícil, mas de que vale caminhar por caminhos mais fáceis quando encarnados, para depois sofrer no mundo espiritual e ter de recomeçar tudo em futuras encarnações? Aqui cabe lembrar aquela conhecida exortação de Jesus: “Entrai pela porta estreita, porque larga é a porta que leva à perdição”.
Se não entrarmos por essa porta estreita, além de atrasar nossa própria evolução, estaremos também engessando a daqueles que seguem conosco e que podem estar vendo em nós modelos ou líderes".
fatima@inede.com.br


Cont.....
NAMASTÊ!





domingo, 21 de novembro de 2010

JAMAIS DESISTA DE SEUS SONHO



VOCÊ FICARIA DE PÉ? 

Havia um professor de filosofia que era um ateu convicto.


Sempre sua meta principal era tomar um semestre 
inteiro para provar que DEUS não existe. 

Os estudantes sempre tinham medo 
de argüi-lo por causa da sua lógica impecável. 

Por 20 anos ensinou e mostrou que jamais 
haveria alguém que ousasse contrariá-lo, embora,
 às vezes surgisse alguém que o tentasse, nunca o venciam. 

No final de todo semestre, no último dia, 
fazia a mesma pergunta à sua classe de 300 alunos: 

- Se há alguém aqui que ainda acredita em Jesus, 
que fique de pé! 

Em 20 anos ninguém ousou levantar-se. 


Sabiam o que o professor faria em seguida. 
Diria : - Porque qualquer um que acredita em Deus é um tolo! 
Se Deus existe impediria que este giz caísse ao chão e se quebrasse.


Esta simples questão provaria que Ele existe, mas, não pode fazer isso!
E todos os anos soltava o giz, que caia ao chão partindo-se em pedaços. 


E todos os estudantes apenas ficavam quietos, 

vendo a DEMONSTRAÇÃO. 

A maioria dos alunos pensavam que Deus poderia não existir. 
Certamente, havia alguns cristãos mas, todos tiveram muito medo de ficar de pé. 

Bem.... há alguns anos chegou a vez de um jovem cristão que tinha ouvido sobre a fama daquele professor. O jovem estava com medo, mas, por 3 meses daquele semestre orou todas as manhãs, pedindo que tivesse coragem de se levantar, não importando o que o professor dissesse ou o que a classe pensasse. Nada do que dissessem abalaria sua fé...
 
ao menos era seu desejo. 


Finalmente o dia chegou. O professor disse: 


- Se há alguém aqui que ainda acredita em Jesus, que fique de pé!
O professor e os 300 alunos viram, atônitos, o rapaz levantar-se no fundo da sala. 


O professor gritou:
- Você é um TOLO!!! Se Deus existe impedirá que este giz caia ao chão e se quebre!
E começou a erguer o braço, quando o giz escorregou entre seus dedos, deslizou pela camisa, por uma das pernas da calça, correu sobre o sapato e ao tocar no chão simplesmente rolou, sem se quebrar. 


O queixo do professor caiu enquanto seu olhar, assustado, seguia o giz.
Quando o giz parou de rolar levantou a cabeça... encarou o jovem e... saiu apressadamente da sala.
O rapaz caminhou firmemente para a frente de seus colegas e, por meia hora, compartilhou sua fé em Jesus. Os 300 estudantes ouviram, silenciosamente, sobre o amor de Deus por todos e sobre seu poder através de Jesus.
Muitas vezes passamos por situações em que acreditamos que "nosso giz" vai quebrar, mas Deus, com sua infinita sabedoria e poder faz o contrário. 

EU ESTOU DE PÉ!!!
 Alguém me acompanha??? 
NAMASTÊ



quinta-feira, 11 de novembro de 2010

MENSAGEM DE OTIMISMO PARA 2012



Muito se ouve falar das previsões catastróficas para 2012, mas tudo não passa de sensacionalismos e oportunismos, como em 2000, lembram?
Evidente que será o fim de uma era, mas será também o início de outra!!!
NADA NESSE UNIVERSO ACABA...TUDO SE TRANSFORMA!
Aqueles que tiverem fé, em um SER SUPERIOR, não importa se tem religião ou não, fiquem apostos e OREM bastante. TODOS OS DIAS, várias vezes ao dia. Procurem direcionar seu pensamento somente para coisas boas, do bem...TUDO SERÁ POTENCIALIZADA.
Mas, lembre-se, quem tiver do lado de DEUS nada terá a temer!!!
Caso você não tenha fé o suficiente, peça fé. TUDO O QUE PEDIRES TE SERÁ DADO!!! CONFIE!!!
Abaixo um texto que minha irmã Odete me enviou e que achei oportuno póstar aqui:


VISÃO OTIMISTA DE SAI BABA, sobre 2012.


Ouviu falar de 2012 como um ano em que algo ocorrerá?


Bom, por um lado existem várias profecias que indicam esta data como um momento importante da história da humanidade, mas a mais significativa é o término do calendário Maya, cuja profecia foi interpretada de várias formas. Os mais negativos pensam que nesse ano o mundo termina, mas isto não é real, pois sabemos que neste ano começa a Era de Aquário.

Na verdade este planeta está sempre mudando a sua vibração, e estas mudanças intensificaram-se desde 1898, levando a um período de 20 anos de alterações dos pólos magnéticos que não ocorriam há milhares de anos.Quando ocorre uma mudança do magnetismo da terra, surge também uma mudança consciencial, assim como uma adaptação física à nova vibração. Estas alterações não acontecem apenas no nosso planeta, mas em todo o universo, como a ciência atual tem comprovado.

Informe-se sobre as mudanças das tempestades solares (que são tempestades magnéticas) e perceberá que os cientistas estão a par destes assuntos.Ou pergunte a um piloto aviador sobre o deslocamento dos pólos magnéticos, já que todos os aeroportos foram obrigados a modificar os seus instrumentos nos últimos anos.

Esta alteração magnética se manifesta como um aumento da luz, um aumento da vibração planetária.

Para entender mais facilmente esta questão, é preciso saber que a vibração planetária é afetada e intensificada pela consciência de todos os seres humanos. Cada pensamento, cada emoção, cada ser que desperta para a consciência de Deus, eleva a vibração do planeta. Isto pode parecer um paradoxo, uma vez que vemos muito ódio e miséria ao nosso redor, mas é assim mesmo.

Venho dizendo em mensagens anteriores que cada um escolhe onde colocar a sua atenção. Só vê a escuridão aqueles que estão focados no drama, na dor, e na injustiça. Aquele que não consegue ver o avanço espiritual da humanidade, não tem colocado a sua atenção nesse aspecto.

Porém se liberar sua mente do negativo, abrirá um espaço onde sua essência divina pode manifestar-se, e isto certamente trará o foco para o que ocorre de fato neste momento com o planeta e a humanidade.

Estamos elevando a nossa consciência como jamais o fizemos. Como assim? Não percebe a escuridão?

Vejo-a sim, mas não me identifico com ela, não a temo. Como posso temer a escuridão se vejo a luz tão claramente? Claro que entendo aqueles que a temem, porque também fiquei parado nesse lugar onde apenas via o mal. E por esta razão sinto amor por tudo isso.

A escuridão não é uma força que obriga a viver com mais ruindade ou com mais ódio. Não é uma força que se opõe à luz. É ausência da luz. Não é possível invadir a luz com a escuridão, porque não é assim que o principio da luz funciona. O medo, o drama, a injustiça, o ódio, a infelicidade, só existem em estados de penumbra, porque não podemos ver o contexto total da nossa vida. A única forma de ver a partir da luz é por meio da fé. Assim que aumentamos a nossa freqüência vibracional (estado de consciência), podemos olhar para a escuridão e entender plenamente o que vivemos.

Mas como pode afirmar tudo isso, se no mundo existe cada vez mais maldade?

Não há mais maldade, o que há é mais luz, e é sobre isso que falo agora.

Imagine que você tem um quarto, ou uma despensa, onde guarda suas coisas, iluminado por uma lâmpada de 40W. Se trocar para uma lâmpada de 100W, verá muita desordem e um tipo de sujeira que você nem imaginava que tinha naquele local.

A sociedade está mais iluminada. Isto é o que está acontecendo. E isto faz com que muitas pessoas que lêem estas afirmações as considerem loucura.

Percebeu que hoje em dia as mentiras e ilusões são percebidas cada vez mais rapidamente? Bom, também está mais rápido alcançar o entendimento de Deus e compreender a forma como a vida se organiza.

Esta nova vibração do planeta tem tornado as pessoas nervosas, depressivas e doentes. Isto porque, para poder receber mais luz, as pessoas precisam mudar física e mentalmente. Devem organizar seus quartos de despejo, porque sua consciência cada dia receberá mais luz. E por mais que desejem evitar, precisarão arregaçar as mangas e começar a limpeza, ou terão que viver no meio da sujeira.

Esta mudança provoca dores físicas nos ossos, que os médicos não conseguem resolver, já que não provem de uma doença que possa ser diagnosticada.

Dirão que é causado pelo estresse. Porém isto não é real. São apenas emoções negativas acumuladas, medos e angústias, todo o pó e sujeira de anos que agora precisa ser limpo.

Algumas noites as pessoas acordarão e não conseguirão dormir por algum tempo. Não se preocupem. Leiam um livro, meditem, assistam TV. Não imaginem que algo errado ocorre. Você apenas está assimilando a nova vibração planetária. No dia seguinte seu sono ficará normal, e não sentirá falta de dormir.

Se não entender este processo, pode ser que as dores se tornem mais intensas e você acabe com um diagnóstico de fibromialgia, um nome que a medicina deu para o tipo de dores que não tem causa visível. Para isto não existe tratamento específico apenas antidepressivos, que farão com que você perca a oportunidade de mudar sua vida.

Uma vez mais, cada um de nós precisa escolher que tipo de realidade deseja experimentar, porém sabendo que desta vez os dramas serão sentidos com mais intensidade, assim como o amor. Quando aumentamos a intensidade da luz, também aumentamos a intensidade da escuridão, o que explica o aumento de violência irracional nos últimos anos.

Estamos vivendo a melhor época da humanidade desde todos os tempos. Seremos testemunhas e agentes da maior transformação de consciência jamais imaginada.

Informe-se, desperte sua vontade de conhecer estas questões. A ciência sabe que algo está acontecendo, você sabe que algo está acontecendo. Seja um participante ativo. Que estes acontecimentos não o deixem assustado, por não saber do que se trata.





TENHAM UMA BOA NOITE!!!
HOJE É 11:11
DIA PARA MEDITAR...

NAMASTÊ




 

sábado, 6 de novembro de 2010

INACREDITÁVEL EXEMPLO DE VIDA PARA SER SEGUIDO!!!

Recebi esta matéria da minha irmã Odete, via email.
Achei muito apropriado postá-la aqui, porque se
trata de uma verdadeiro exemplo de vida.
Minha irmã também postou no blog dela pelo mesmo
motivo. Coisas assim precisam e devem se divulgadas,
pois, nos devolve a esperança no ser humano. Quisera
eu ter esta grandeza de espírito!!!



"Rede de supermercados Bretas é comprada por valor 30% superior ao de mercado

O presidente do Grupo Bretas, Estevam Duarte, durante coletiva sobre a venda da rede de supermercados para grupo chileno Cencosud.
Bastou um quarto de século para que o empresário mineiro Estevam Duarte de Assis, presidente do grupo Irmãos Bretas por 25 anos, transformasse um pequeno armazém de sete funcionários na pacata Santa Maria de Itabira (10.785 habitantes), localizada na Região Central do estado, no conglomerado bilionário que acaba de ser vendido para a rede chilena Cencosud, por R$ 1,35 bilhão, um valor 30% maior do que o estimado pelo mercado. E bastaram três meses para que a rede de 70 lojas, 15 postos de combustível, 12 mil empregados e faturamento estimado de R$ 2,5 bilhões em 2010 fosse inteiramente vendida. Diferentemente do que se poderia imaginar, as desavenças familiares estão longe de ser o estopim da transação. Por trás das decisões racionais da venda do grupo, como necessidade de diversificar o negócio da família fazendo uma transição tranquila para as futuras gerações, há um intrigante projeto de vida. 

“Tenho um projeto de vida que está ligado à religião e já passou o tempo de parar para me dedicar a ele”, diz Estevam de Assis, do alto dos seus 54 anos. Trata-se de uma missão divina, acredita. Para cumpri-la, há mais de dez anos ele e a esposa fizeram um voto de simplicidade. Vivem num apartamento de classe média, de três quartos, andam num Palio 1.0, sem vidro elétrico, e limitam as suas despesas a R$ 4.000 ao mês. No apartamento, não tem televisão. Quem conta o motivo é um parente próximo do empresário, que prefere não se identificar. “É que o Estevam gosta muito de ver TV e isso começou a provocar desavenças entre o casal”, explica. Reza a lenda que num dia qualquer a esposa do empresário perguntou a ele o que dariam de presente de casamento para um dos sobrinhos. “Porque não damos a televisão? Ela está provocando muita briga entre a gente”, teria respondido Estevam. O presente foi enviado e pronto, brigas nunca mais. 

O voto de simplicidade também inclui um guarda-roupa limitado a 12 camisas. “Se ganho uma a mais, dou outra de presente”, explica. E também a doação à igreja de praticamente todos os rendimentos que recebe pela participação no grupo. “É uma missão que ninguém entende direto. Quanto menos a gente precisa, mais livre a gente é”, explicou ontem Duarte de Assis em conversa com jornalistas para detalhar a operação de venda do grupo Bretas. Segundo seu assessor, essa seria a última entrevista que ele pretende dar. O ex-presidente do Bretas tem aversão à imprensa, concedeu apenas três entrevistas em toda a sua vida, mas não se furta a um bom papo quando está diante de jornalistas. 

Em especial se o assunto é a terapia que usa o método Abordagem Direta do Inconsciente (ADI), criada pela psicóloga e pesquisadora Renate Just de Moraes, que ele promove por meio da Fundação de Saúde Integral Humanística (Fundasinum), e que diz ter modificado inteiramente a sua vida. Animado com a mudança, Estevam passou a indicar o método para toda a família, para empregados de nível gerencial e para padres e freiras, bancando tudo do próprio bolso. Só esse ano, 200 religiosos já receberam tratamento gratuito. E o objetivo agora é formar 40 terapeutas que falem línguas estrangeiras para trabalharem na igreja católica fora do Brasil. 

Foram 25 anos para que o empresário transformasse um pequeno armazém de sete funcionários na pacata Santa Maria de Itabira no conglomerado bilionário 

O negócio fechado na última sexta-feira foi concluído sem contar com um banco como avalista, prática incomum no mercado. Na transação, ficaram de fora os imóveis do agora denominado grupo São Francisco, que abrigam 65% da rede de 70 supermercados e 15 postos, uma construtora, três shoppings centers no interior de Minas e dois hotéis em construção. Pelo aluguel das lojas ao grupo chileno, o São Francisco vai receber 1,5% do faturamento da rede vendida. Estevam Duarte afirma que a família voltará ao ramo dos supermercados e que essa volta será rápida. Conta que não houve brigas para vender o Bretas, mas admite que na hora de assinar o contrato, muitos dos sócios se assustaram. “Mas ninguém se negou”. Até aqui, 10% do faturamento do supermercado Bretas era doado à igreja, a título de pagamento de dízimo. O recém-criado grupo São Francisco manterá a tradição familiar. 

Estevam permanece no grupo, agora como presidente do conselho de administração. Dedicará duas horas por dia aos negócios, sem receber um tostão pelo trabalho. No resto do tempo, abraçará a vocação monástica e se entregará às obras sociais. “Quando a gente já está acreditando que o mundo é de um jeito e que tudo caminha nesse rumo, aparece alguém que aponta para outro lado. O Estevam á assim”, define funcionário próximo ao empresário, que também não quis se identificar".


Blog: http://odetedan.blogspot.com 

Fonte: Estado de Minas
Zulmira Furbino 

 Um excelente final de semana
e muita paz!!!

NAMASTÊ!




 

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

POSITIVIDADE - SINTONIZAÇÃO COLETIVA




Nosso planeta passa por uma crise sem precedentes. Muitas catástrofes estão acontecendo. E outras virão. Jamais uma época teve tão duras provas a enfrentar. 
Muitas iniciativas estão sendo tomadas para
amenizar a situação atual.

Apesar disso, nem todas as pessoas podem fazer tudo aquilo que desejariam, pois, cada vez mais, a vida exige sérios compromissos de todos. Compromissos que, por vezes, tomam todo o tempo daqueles que gostariam de poder contribuir e ajudar a humanidade nesta época tão
dramática pela qual passamos.

Para compensar a falta de tempo na qual todos estão submersos, alguns grupos espíritas e espiritualistas, como a Sociedade Espírita Ramatis e outras, tiveram a excelente idéia de sincronizar suas meditações por cinco minutos, num horário comum, que permita à maioria das pessoas se
interligarem, formando uma corrente mental.

Mas para que esse horário? Para que todos possam ter a oportunidade de, mesmo sem tempo, ajudar, de alguma forma.

A iniciativa consiste no seguinte: todos os dias, das 23h00min às 23h05min, milhares de pessoas estarão enviando suas vibrações positivas ao planeta.

Não importa se você é católico, umbandista, candomblista, batista, messiânico, espírita, budista, hinduísta, agnóstico, ateu, judeu, teosofista, gnóstico, confucionista, adventista, espiritualista, etc.

Enviar vibrações positivas nada mais é do que visualizar o planeta com
harmonia, paz e amor, vibrando positivamente ou mentalizando o planeta sendo envolvido por energias benéficas com cores vibrantes, tais como o branco, o dourado e o violeta (que são os mais usados). Mas também
podemos mentalizar o planeta e irradiar luz e paz como se estivéssemos fora do planeta.

Obs.: Se você não acredita que seja possível enviar vibrações positivas ao planeta e aos seres humanos, não precisa abster-se deste momento. Poderá aguardar o período de 23h00min as 23h05min para, simplesmente, refletir sobre possíveis soluções para os problemas
atuais. Simbolicamente, saberá que milhares de pessoas estão fazendo o mesmo, apenas o fazem de forma diferente. O importante é a união dos pensamentos de todos, sabendo que estamos iniciando um primeiro
esforço no entido de tornarmo-nos atentos e abertos aos problemas e dificuldades que assolam nosso planeta.

Horário para a vibração: De 23:00h às 23:05h. Todos os dias.


"A Terra não pertence ao homem; o homem é que a ela pertence. Disto nós sabemos. Todas as coisas estão interligadas, como os laços que unem uma família. O que acontecer com a Terra acontecerá conosco. O homem não teceu a teia da vida cósmica, ele é um fio da mesma. O que ele fizer para a Terra estará fazendo a si próprio".

AOS QUE CREEM, PASSEM PARA SEUS CONTATOS...

P.S.: Se quiser e puder, mande esta mensagem para o maior número de pessoas possível. Quanto maior o número, melhor para o Planeta.



NAMASTÊ

terça-feira, 2 de novembro de 2010

HERMETISMO ESOTÉRICO CRISTÃO



Hoje, dia de finados, não vou prestar aqui homenagens ao que já se foram. Fiz isto nos meus outros blogs. Não tenho o hábito de ir ao cemitério, pois, creio que lá, tem apenas os ossos de um ser que está em algum outro lugar...
Assim sendo, envio minhas preces por aqueles que já não convivem mais conosco materialmente falando. Que eles tenham o consolo de uma Virgem de Luz, para orientá-los da melhor maneira possível.
Aproveito a oportunidade e deixo aqui alguns conhecimentos herméticos muito interessantes. Copiei e colei exatamente como a mesma formatação porque queria que os desenhos permanecessem. Espero que gostem:

CABALA

A seguir oferecemos um singelo “talismã” numérico (recordemos que os números são também letras) baseado na Estrela de Davi ou Selo Salomônico, emblema de Israel.



Talismã numérico

Poder-se-á observar que a soma das seis fileiras de números dão um mesmo resultado:

4 + 7 + 9 + 6 = 26 6 + 5 + 12 + 3 = 26
1 + 11 + 12 + 2 = 26 4 + 8 + 11 + 3 = 26
1 + 8 + 7 + 10 = 26 10 + 9 + 5 + 2 = 26

Igualmente, a soma dos números colocados nas pontas da Estrela dá 26 (13 para os dois extremos do eixo vertical e 13 para os 4 restantes). Este número, como sabemos, é particularmente importante na Cabala hebraica –e em outras tradições– e corresponde à soma das letras do Supremo Nome Sagrado YHVH, decomposto desta maneira: 

Y = 10, H = 5, V = 6, H = 5. Total = 26

Por outra parte, a soma do hexágono interior dá 52 (26 x 2), os quais adicionados aos 26 exteriores dão 78 (26 x 3), como o total de todos os números da figura. Queremos recordar que este é o número de cartas que possui um jogo completo do Tarô.

 

GEOMANCIA

Respeitamos o nome Geomancia, com que se acostumou a conhecer esta ciência, embora, rigorosamente, corresponder-lhe-ia o de Geologia, com o qual o homem contemporâneo designa uma disciplina nascida no século passado [N.T.: Século XIX]. Em chinês é chamada Feng-Shui e estuda as energias da natureza, em sua íntima relação com a terra, e por certo que esta ciência está estreitamente vinculada com a Geografia Sagrada. Na realidade, todos os povos e sociedades tradicionais utilizaram a geomancia com o fim de situar em determinados lugares e pontos chave tanto suas cidades, como seus templos ou casas de culto, e da mesma forma suas moradias.

Para uma mentalidade tradicional, tanto a terra como o céu estão perfeitamente vivos e se expressam constantemente por mediação das energias que continuamente os formam. A terra respira, pare, resplandece, e adquire formas distintas em diversos lugares, assinalados por diferentes fenômenos (montanhas, vales, planícies, rios, cascatas, etc.), que são símbolos de idéias arquetípicas, ou melhor, de "outras coisas" existentes também no mundo do invisível, do espiritual. Por certo que estas concepções hão de se pôr em direta conexão com a idéia da analogia entre o macrocosmo e o microcosmo, a que vê na terra um ser vivo, sensível e gigantesco, expressão natural, como o homem, de um Ser Supremo, oculto em sua própria criação. Motivo pelo qual as energias cósmicas, e neste caso especial as telúricas, são igualmente os condutos pelos quais se manifesta a divindade e, portanto, assinalam lugares específicos de comunicação terra-céu. Esta circulação da energia, em ambos sentidos, é o que caracteriza, igualmente, à Geomancia como arte divina-tória, e a que busca por seu intermédio a localização adequada do ser humano no indeterminado e amorfo, instaurando uma ordem no caos. Uma das variantes secundárias desta ciência (ou arte) constitui-se na figura do Zahori [N.T.: Geomante ou rabdomante], que é o encarregado de encontrar água, ou corrente de energias benéficas (aproveitáveis), utilizando para isto um bastão ou um pêndulo.


FILOSOFIA PERENE

Geomante ou rabdomante

Algumas pessoas, de formação exclusivamente profana, talvez pudessem se surpreender com a existência de uma "Filosofia Perene", ou seja, de uma série ordenada de conhecimentos inter-relacionados, de uma doutrina (jamais de um dogma), capaz de explicar aos homens sua própria natureza e a do mundo em que vivem. Certamente que esta "panacéia" universal, capaz de responder a todas as perguntas, acalmar as angústias do mundo moderno e suprimir o sofrimento provocado pela ignorância, não é uma criação individual (nem muito menos "coletiva"), mas sim a expressão de uma revelação espiritual direta, obtida por distintas pessoas em diversos lugares, que reveste diferentes formas próprias e que, sobretudo, acha-se presente na própria entranha do ser humano e do cosmo em que este habita. Portanto, a revelação destes conhecimentos arquetípicos não é só horizontal e histórica, mas sim fundamentalmente vertical e eterna, como são as "idéias", princípios que formam o mundo e que se manifestam mediante leis universais, que foram conhecidas de modo unânime pelas diferentes tradições que formaram a História da humanidade ao longo de sua Geografia. Esta simples observação, que qualquer leitor armado de boa vontade pode constatar pessoalmente, supõe a idéia de um modelo universal, de um jogo de estruturas imutáveis, visíveis e invisíveis, sem as quais o mundo e o homem não seriam. Eis a importância de conhecer a cosmogonia como expressão simbólica da Inteligência Universal, energia subjacente a qualquer manifestação, tal e qual acontece com o pensamento, que antecede à palavra. Com efeito, este jogo de estruturas essenciais se expressa simbolicamente, e é por meio desses simbolismos, e de suas analogias e equivalências, que podemos entender a realidade última do cosmo e sua instância final: sua natureza incriada e, no entanto, sempre atuante. É este legado herdado das grandes tradições da Antigüidade uma autêntica cosmogonia arquetípica que, como tal, corresponde-se com as distintas simbólicas arcaicas, mediante as quais se expressa, reatualizando deste modo a realidade do mundo atual que, ainda órfão de todo conhecimento verdadeiro, segue constituindo uma autêntica teofania para todos aqueles que são capazes de compreendê-lo. Ademais, deve-se dizer então que se dedicar ao estudo das disciplinas tradicionais, e efetuar suas práticas com o propósito de despertar as potências adormecidas da alma, constitui um método apropriado do Conhecimento. 

SIMBOLISMOS DE PASSAGEM

Agartha propõe uma total conversão de nosso modo ordinário de ser e uma busca perseverante de outros estados mais sutis aos quais devemos aportar. A aventura do Conhecimento, como vimos, é representada como uma viagem ou uma peregrinação ao Centro do Ser, para a Cidade Santa, ou seja, para nossa própria interioridade. Essa viagem, cheia de peripécias e perigos nos permite "passar", paulatinamente, a outras regiões mais internas, e cada um desses "passos" supõe uma "recordação", cada vez mais nítida, do Si Mesmo, da verdadeira identidade que permanece imóvel no meio de nosso próprio coração. De fato, todo símbolo sagrado, por sua condição veicular, supõe a possibilidade de uma "passagem", pois tem a característica de poder transportar o homem da realidade material que lhe mostram os sentidos para a verdade interior que se oculta detrás da aparência formal das coisas e dos seres. O símbolo toca os sentidos permitindo que, a partir dessa percepção sensível, elevemos-nos por seu intermédio para as regiões invisíveis que ele mesmo representa, tornando possível, portanto, a "passagem" a outros estados e graus de consciência e de vida.


A ascensão e o descenso perpétuos que o Ser realiza pelas esferas da ÁrvoreSefirótica supõem uma "passagem" pelas vias que comunicam as distintassefiroth entre si, sendo, de acordo à Cabala, 22 os caminhos que temos que cruzar (ver Módulo II, título N.º 28), relacionando-se cada um deles com uma letra do alfabeto sagrado e com uma lâmina dos arcanos maiores do Tarô.


Há certos símbolos, queremos agora destacar, que se referem especificamente a estas "passagens" que têm que ser produzidas durante o processo da realização da Grande Obra. Estes, como o do Octógono, o da Porta, o atravessar as águas e o da Escada, poderão nos mostrar como realizar essas travessias pelas comarcas da mente universal. Os pensamentos, cada vez mais sutis, guiados por estes caminhos arquetípicos, levar-nos-ão por passadiços mais e mais estreitos, que desembocarão finalmente no En Sof, o nada ilimitado no qual só é o eterno repouso. "Através de Mim conhecereis o Pai". 

AS TRADIÇÕES ARCAICAS

Aqui e ali, em distintos lugares do mundo, convivendo com a civilização moderna, podem se conhecer distintos grupos que ainda vivem virtualmente na "idade de pedra" ou na de "bronze", segundo o vocabulário (jargão) da "ciência" atual. Estes povos que ainda conservam fragmentos mais ou menos completos de suas tradições originais e vivem de acordo com elas, são denominados "primitivos" pela ciência oficial, ao se lhe escapar o sentido de seus costumes e de seus ritos, e ao não poder compreender a mentalidade tradicional, que vê na natureza uma imagem do supra-natural e no mundo e no homem uma série de energias invisíveis que constantemente o determinam; portanto, tem-se suposto que estes seres, aos quais se considera completamente faltos de inteligência, como estúpidos, ou no melhor dos casos meninos que não podem sair de sua pretendida ignorância, constituem uma espécie quase diferente, como de humanóides, muito próxima dos macacos, existente antes de que o homem tivesse podido ser tal graças aos adiantamentos e ao progresso instaurados pela ciência.

Tal acontece porque um investigador das tradições arcaicas, que é um cético em matéria metafísica e considera a presença animada da deidade como algo pouco sério, jamais poderá entender esse mundo arcaico, e igualmente acontece com aquele que tem de Deus uma idéia exclusivamente religiosa ou de tipo moral. Com muita freqüência, estes dois tipos de estudiosos são os que dirigem a informação oficial, não entendendo eles próprios que sem a vivência íntima do sagrado é quase impossível a compreensão do que se acredita ser uma mentalidade tradicional. Uma pessoa, que nega o plano invisível ou espiritual, verá nos símbolos só elementos utilitários do tipo literal; por outra parte, um indivíduo religioso-moral quererá ver só o que é "inferior" a suas crenças, o que desprezará como lixo, ou se adotará o direito de perdoar a barbárie, ou o que ele supõe é um paganismo ignorante e supersticioso, incluídos os antigos ritos gregos iniciáticos de Elêusis e os "oráculos" de Delfos e o de Zeus, em Dodona do Epiro.


Na verdade, este tipo de critério poderia melhor ser aplicado aos habitantes das grandes cidades, os que, de acordo com a programação do mundo contemporâneo, só aparecem como autômatos, positivamente escravos de seus condicionamentos culturais infligidos pela falsa religião da "ciência", o que equivale a institucionalizar definitivamente a ignorância.


As grandes civilizações são na realidade uma degradação do pensamento tradicional, onde este, paradoxalmente, alcança seu maior brilho, antes de sepultar-se com seu próprio ciclo. E pelo contrário, certos povos arcaicos ainda conservam a "ingenuidade" e o frescor das origens. Deveríamos, nesse caso, perguntar-nos quais são os "ignorantes", ou os "primitivos", e que autoridade pode adjudicar, no mundo moderno, respeito a qualquer classificação em cada ramo de sua "ciência". Nada sabem os representantes "oficiais" do pensamento moderno, e às vezes se chega ao caso de alguns que tomam sua própria ignorância –que deveria lhes envergonhar– como um avanço com relação a um novo mundo do qual, através de sua incapacidade –institucionalizada como uma objetiva postura científica–, eles seriam a vanguarda construtora. 


ASTRONOMIA-ASTROLOGIA

A astronomia é a mais antiga de todas as ciências e é a que determina uma civilização em sua origem, como o tem feito com todas as da Antigüidade. Efetivamente, o estudo dos ciclos e dos ritmos dos astros gera as pautas em que se fundamentará o pensamento religioso, político e econômico, toda a cultura, afinal, de uma sociedade. A partir daí é possível tirar conclusões particulares, baseadas em cálculos, relações e analogias, que se correspondem com um conceito reiterativo e circular do tempo, que dá lugar às predições sobre acontecimentos cíclicos e, portanto, reincidentes, que são estudadas pela astrologia, ou astronomia judiciária (como se lhe chamava na antigüidade). O ciclo mais curto e mais fácil de observar é o lunar que, em 29 dias e fração (28 dias para o pensamento antigo, dividido em 4 semanas de 7 dias), realiza um percurso e retorna ao mesmo ponto. Isto, sem considerar o percurso do sol no dia, ou seja, a diferença que existe entre o dia e a noite. Também a lua admitiu o estudo de ciclos maiores, o de seus eclipses que, conforme observaram os caldeus, produziam-se na mesma ordem depois de 223 meses lunares. O mais importante destes ciclos maiores dos astros é o da precessão dos equinócios, que se reitera a cada 25.920 anos (26.000 em números "redondos") estabelecido para a cultura ocidental por Hiparco, de Nicéia, e outros sábios tradicionais. Chama-se abóbada celeste, ou firmamento, uma semi-esfera cuja linha de contato com a terra é o horizonte, e cujo centro se encontra no olho do observador. Se este se mover, o horizonte se desloca. Igualmente, se o espectador contempla um astro, a reta ou raio visual que vai ao centro do astro, determina um ponto na abóbada celeste, que é a projeção do astro sobre ela, e como a distância que vai da terra aos distintos astros é imensa (recordemos que a que separa a nosso planeta do sol é de 150 milhões de km), em relação com o diâmetro da terra (6.378 km), supõe-se que os astros se movem em uma esfera ideal, de raio indefinido, denominada “esfera celeste” e cujo centro, do mesmo modo, encontra-se no olho do contemplador. Na realidade, o que o observador vê são as projeções dos astros sobre o firmamento e não os deslocamentos verdadeiros dos astros. Além disso, considera-se a terra como um ponto coincidente com o centro desta esfera celeste. Pelo que se pode verificar, que até a astronomia atual sustenta, e parte do ponto de vista geocêntrico, ou melhor, antropocêntrico, para construir todas suas especulações –e não poderia ser de outra maneira– em que pese que a ignorância e a vulgarização geral ponham uma ênfase pomposa e vaidosa sobre o heliocentrismo (perfeitamente conhecido pela antigüidade, conforme pode ver-se no papel primitivo atribuído unanimemente ao sol) como conquista científica, antes da qual nada se sabia de astronomia. Quer dizer que os que rechaçaram Nicolau Copérnico (autor de De Revolutionibus, publicada em 1543, em que sustentava o heliocentrismo, baseado precisamente na astrologia antiga) são os mesmos ignorantes que afirmam enfaticamente hoje seu sistema como oficial, sem compreendê-lo, e sem saber inclusive que a astronomia atual se fundamenta na terra e no homem, e em nenhum momento toma um ponto de vista alheio a eles, o que por certo seria totalmente absurdo e impossível. Vale o mesmo uma descrição geocêntrica ou antropocêntrica da terra (comparada com a heliocêntrica) e na prática a astronomia atual a segue utilizando; o mesmo aconteceu com relação a Einstein e ao fenômeno da luz. Entretanto, é tal a confusão do mundo moderno e nossos contemporâneos "cientistas" que são previsíveis suas aberrações e anomalias hoje computadorizadas, fomentadas pela má fé e pelo mesmo ódio que levou a proibir a obra de Copérnico (e, pouco mais tarde, levaram Giordano Bruno à fogueira e obrigaram Galileu a abjurar) um dos sábios herméticos e esotéricos do precisamente chamado Re-nascimento em relação com as culturas da Antigüidade.


Nota: Embora as claves ou chaves das antigas ciências astrológicas parecem ter sido perdidas, os fragmentos que nos legaram permitem a especulação, e em muitos casos nos assombram com a justeza de suas interpretações na aplicação aos fatos cotidianos da existência.


De todos os modos, quer se deixar claro que a Astrologia (derivada da Astronomia) é um simbolismo perfeitamente válido, como qualquer outro, para tratar de descrever e "apreender" a "realidade" sempre multifacetada e pluridimensional. Um sistema classificatório de noções inspirado nos movimentos cíclicos e rítmicos dos céus e suas influências determinantes no mundo e no homem. Uma ciência tal, estudada sob a luz da Tradição Hermética, é um instrumento a mais na busca do Conhecimento.


Astronomia - Astrologia


AS TRADIÇÕES

Ao longo de nosso Programa nos referimos com freqüência a muitas das tradições ainda vivas ou já desaparecidas. E sempre destacamos o fato de que nessas tradições existe uma identidade quanto a seus símbolos, ritos e mitos principais, pois todas elas emanam de uma só e única Tradição, chamada primordial precisamente por sua condição essencialmente vertical e supra-histórica, o que lhe permitiu subtrair-se às mudanças do devir cíclico, conservando integralmente o Conhecimento (a Gnose) e a possibilidade permanente e salvífica de poder ser encarnado pelo homem de qualquer tempo e lugar. Isto vale também para nossa época em que, apesar de sua extrema obscuridão, ainda seguem vivas em diferentes lugares da Terra determinadas culturas tradicionais que não perderam seu vínculo com a Tradição Primordial, outorgando a influência espiritual-intelectual imprescindível para iniciar o caminho que nos leve a realização interior e à identidade com o Si Mesmo.


Entretanto, não podemos desconhecer o fato de que todas as tradições atuais sofrem, em maior ou menor medida, uma degradação com respeito ao que foram seus valores originais, embora essa degradação afeta mais à forma exterior de que necessariamente se revestem (e que não é alheia às condições espaço-temporais), mas não ao seu fundo, ao seu núcleo e essência metafísica revelada através de seus códigos simbólicos.

Por um lado temos às três tradições abraâmicas: o judaísmo, o cristianismo e o islã, também chamadas as "tradições do Livro": a Bíblia para as duas primeiras e o Corão para a terceira. Dá-se a circunstância de que nestas tradições o aspecto religioso ou exotérico prevalece há muito tempo sobre seu esoterismo (a Cabala para o judaísmo e o sufismo para o islã), o que é virtualmente desconhecido para a grande maioria de seus praticantes, apegados à letra mas não ao espírito de sua tradição. Não obstante, nestas tradições subsistem ainda pequenos grupos ou individualidades que continuam transmitindo os ensinos do verdadeiro esoterismo a pessoas que o buscam com retidão de coração. 

A tradição hindu é de todas as existentes a que talvez conserva de maneira mais completa a doutrina metafísica, expressa fundamentalmente através dos Vedas e dos Upanishades, que como todos os livros e textos sagrados estão inspirados diretamente pelos deuses, quer dizer que sua origem é não-humana. 


O budismo em suas duas grandes versões: hinayana (ou "pequeno veículo") e mahayana (ou "grande veículo"). Neste último é onde se mantiveram com maior pureza os ensinos do Buda, sendo o que penetrou no Tibete procedente da Índia, onde incorporou elementos das tradições nativas, dando lugar ao lamaísmo. Atualmente o budismo lamaísta não só está expandido pelo Oriente, mas também por diferentes cidades da Europa e da América. 


O taoísmo nasce da antiga tradição chinesa ou extremo-oriental, da que constitui seu aspecto mais autenticamente metafísico e cosmogônico, anotando que também existe uma alquimia taoísta (tal qual uma alquimia hindu) com muitos pontos em comum com a alquimia ocidental. Na mesma China surgiu o zen, ou zen-budismo, nascido da síntese entre o taoísmo e o budismo mahayana. Atualmente a escola zen está arraigada sobretudo no Japão, país que por outro lado segue conservando sua antiga tradição, o shinto, de características muito similares ao confucionismo chinês. 

Deste modo temos que considerar a presença da grande tradição pré-colombiana, ainda viva, embora de forma fragmentária, ao longo de toda a América, assim como constatar a existência do jainismo hindu e dos parsis zoroastrianos, sem esquecer os numerosos povos "primitivos" da África e da Oceania, que em termos gerais constituem todas aquelas culturas mágico-religiosas que se incluem no que se entende, ou melhor, que mal se entende, por "xamanismo". 

Mas é particularmente na Tradição Hermética onde pomos nossa ênfase, já que esta síntese própria dos povos ocidentais –e a mais apropriada para eles–, não é de maneira nenhuma um sincretismo por ter uma origem múltipla (como tampouco pode ser considerada tal a tradição de gregos e romanos, nascida do pensamento egipcio-caldeu, ou o islamismo, entroncado diretamente com Israel e o cristianismo, ou o budismo, emanado do hinduísmo, etc.), mas sim uma tradição viva, que inclusive pode ser rastreada historicamente ao longo da formação da Europa e da América, que deu inumeráveis adeptos da Arte: alquimistas, astrólogos, artistas e filósofos, que de maneira ininterrupta nutriram e marcaram a vida do Ocidente, criando instituições, que como no caso da Franco-maçonaria, resguardam o conteúdo da Tradição Unânime. 

A PORTA

"Tinha um muro grande e alto e doze portas, e sobre as doze portas, doze anjos e nomes escritos, que são os nomes das doze tribos dos filhos de Israel: da parte do oriente, três portas; da parte do norte, três portas; da parte do meio-dia, três portas, e da parte do poente, três portas" (Apocalipse XXI,12-13).


O despertar gradual da consciência pode ser visualizado como a abertura de portas que permite que o pensamento "passe" a outras regiões e que o adepto vá conhecendo os graus invisíveis do ser. A porta supõe sempre uma saída e por sua vez uma entrada, pois quando a atravessamos saímos de um espaço mental para ingressar em outro; e são várias as que temos que cruzar, cada vez mais estreitas, durante o processo da transmutação. A Iniciação nos Mistérios abre a porta que separa o mundo ordinário e profano daquele outro, sagrado, onde o espaço e o tempo recuperam sua verdadeira significação.


Já nos referimos à Porta dentro do simbolismo construtivo, e queremos agora fazer certas observações sobre a "passagem" que este símbolo evoca. Vimos o templo como modelo do cosmo e como símbolo do espaço interior do homem. Sua porta exterior serve de separação –e por sua vez como ponto de união– entre o átrio –onde preponderam a multiplicidade e o caos do mundo ordinário– e o espaço interno, no qual reinam a ordem e a harmonia do sagrado e significativo. O iniciado, graças aos rituais que o qualificam para entrar, atravessa essa soleira, morrendo aos estados inferiores e exteriores e renascendo a uma vida interior em que as possibilidades superiores despertam.


Esta Iniciação, ou porta de entrada aos mundos invisíveis, está representada na Árvore Sefirótica pela esfera 9, que por sua vez se relaciona com a lâmina número 12 dos Arcanos Maiores do Tarô. É interessante a relação que podemos fazer entre esta esfera –Yesod, o Fundamento– e o símbolo cristão de Pedro (que foi crucificado com a cabeça para baixo, como é a posição de "O Enforcado") que é a pedra de fundamento sobre a qual a Igreja se levanta. Neste sentido não é casual que seja o próprio Pedro o portador das chaves –ou claves– que abrem as portas do reino dos céus.


Por outra parte, esta primeira porta está também relacionada com o símbolo da caverna e, em ambos os casos, o iniciado, uma vez que ingressou no espaço interior, deve atravessar pelo labirinto que finalmente o conduzirá –se não se perde– ao centro ou coração do templo, no qual se localiza a ara ou altar. No simbolismo cristão, vemos como neste espaço central (guardando o cálice ou taça, espaço vazio ou receptáculo da Shekhinah), há também outra pequena porta que só o sacerdote abre e que cobre o mistério dos olhos profanos. Esta porta se localiza em Tifereth –sefirah central que temos que transpassar, nascendo de cima, para começar a vislumbrar a realidade oculta sobre "a superfície das águas".


Havendo recebido o batismo de água que abre a primeira porta, e uma vez realizado o percurso horizontal e labiríntico entre essa porta exterior e seu centro, ou coração, no qual se recebe o batismo de fogo, o adepto tem que iniciar uma "passagem" axial, vertical e ascendente pelo eixo invisível que conecta o altar com o ponto central da cúpula –de Tifereth a Kether–. Os ritos "primitivos" de subir a árvore, ou de subir pelo poste ritual, exemplificam esta ascensão ao final do qual o adepto terá que atravessar a porta mais estreita que se acha simbolicamente na sumidade do templo. Este é o buraco da agulha pelo qual não pode passar nenhuma riqueza individual. A agulha, com efeito, é um símbolo mais do eixo e do rito de enfiar uma linha na agulha, então, deve ser uma representação desta "passagem" pela porta estreita.

O homem em sua busca do Conhecimento tem que sair primeiro do mundo ordinário para entrar em interior do templo; logo, deve se perder nos labirintos para se encontrar novamente ao atracar no centro; daí, terá que empreender a ascensão vertical em busca da sumidade e, finalmente, deverá sair pela porta zenital do templo, ou cosmo, para o supracósmico. Esta saída final é visualizada como o desatar ou dissolver o nó que nos mantém atados à individualidade e a um estado particular do ser, e sua conquista constitui uma fusão absoluta com o todo. "Batei e se vos abrirá". 


NAMASTÊ



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Oração do Amanhecer Senhor, no silêncio desse dia que amanhece, venho te pedir a paz, a sabedoria e a força. Quero olhar o mundo com teus olhos e, assim, ver somente o bem em cada um. Guarda meus ouvidos de toda a malícia; a minha língua, de toda a maldade. Que minhas mãos expressem gestos de caridade. e, que no decorrer deste dia, eu possa Te revelar a todos.

Amém!

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Oração do Anoitecer Obrigado, Senhor, por mais este dia que termina, por tudo o que nele aconteceu. Obrigado pelo trabalho e estudo de hoje. Obrigado pelos novos ensinamentos que adquiri. Obrigado pelo alimento material e espiritual que recebi. Obrigado pela alegria que me concedeste ao encontrar-me com meus amigos. Obrigado pelo amor que encontro nos olhos dos meus familiares. Obrigado pela paz que nasce de cada encontro com o Cristo vivo e presente na Palavra que ouço, na Eucaristia que comungo e nas pessoas com quem convivo. Obrigado, Senhor, por tudo!

Amém!

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Pelo poder da Santa Cruz Pelas palavras de Jesus Pelo poder da Terra, do Ar e do Mar Pelo poder que Deus me dá Eu tiro todo mal, toda inveja, todo olho grande de mim, do meu corpo, da minha casa, do meu lar, do meu trabalho E trago muita paz, muito amor, felicidade e prosperidade. Amém

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Do ponto de Luz na Mente de Deus

Que flua luz às mentes dos Homens,

Que a luz desça à Terra.

Do ponto de Amor no Coração de Deus

Que flua amor aos corações dos homens,

Que Cristo retorne à Terra.

Do centro onde a Vontade de Deus é conhecida,

Que o propósito guie

as pequenas vontades dos homens,

Propósito que os Mestres conhecem e servem.

Do centro a que chamamos raça dos homens,

Que se realize o Plano de Amor e de Luz

E se feche a porta onde se encontra o mal.

Que a Luz, o Amor e o Poder restabeleçam

O Plano Divino sobre a Terra,

Hoje e por toda a eternidade.

Amém