Habitualmente se entende que somente após a vida terrestre faremos um balanço de nossas ações, recebendo a justa recompensa, seja paz ou desequilíbrio.
Ocorre que não é necessário morrer para perceber a atuação da lei das compensações.
Reparemos o cenário da luta vulgar na Terra.
Há homens que são indiferentes às dores do próximo.
Por seu turno, eles também recebem a indiferença quanto às dores que experimentam.
Muitos optam pelo afastamento do convívio social.
Para esses a solidão deprimente é a resposta ao mundo.
Alguns se permitem utilizar extrema severidade no trato com o semelhante.
Mas também são julgados pelos outros com rigor e aspereza.
Há quem pratique, em sociedade ou em família, a hostilidade e a aversão.
Naturalmente encontra entre vizinhos e parentes primordialmente antipatia e desconfiança.
Entretanto, muitos optam por demonstrar carinho e respeito, mesmo por desconhecidos.
Esses gestos amigos granjeiam o concurso fraterno até de grupos anônimos que a todos cercam.
Pequeninas sementeiras de bondade geram abençoadas fontes de alegria.
O trabalho bem vivido produz o tesouro da competência.
Atitudes de compreensão e gentileza estabelecem solidariedade e respeito, junto a nós.
Otimismo e esperança, nobreza de caráter e puras intenções atraem preciosas oportunidades de serviço, em nosso favor.
Todo dia é tempo de semear.
Todo dia é tempo de colher.
Não é necessário atravessar as portas do túmulo para encontrar a justiça, face a face.
A justiça revela-se no cotidiano, nos princípios de causa e efeito, em todos os instantes de nossa vida.
A justiça divina é, em última instância, uma lei de harmonia.
Deus criou o mundo com base em leis perfeitas, que regem a vida e a evolução das criaturas.
A energia que lançamos no mundo, seja de paz ou de desarmonia, nos pertence.
Ela até pode afetar momentaneamente os outros, mas sempre volta à origem, para quem a emitiu.
Esse raciocínio evidencia o equívoco de pretender que Deus castiga suas criaturas.
É inconcebível imaginar Deus no papel de carrasco, sondando os atos de cada um de seus filhos, para puni-los ao menor desvio.
Ele nos dá livre-arbítrio, a fim de que cresçamos em experiência, discernimento e compreensão.
Mas também nos dá responsabilidade por nossos atos, permitindo que experimentemos as conseqüências de todos eles.
Assim, se causamos desequilíbrio no universo, fazendo mal a um semelhante, devemos restabelecer o equilíbrio original, reparando as conseqüências.
Nesse contexto, está inteiramente em nossas mãos optar pela paz ou pela discórdia, pela saúde ou pela doença.
Se tudo o que ofertamos ao mundo a nós retorna, é questão de bom senso adotarmos um padrão de conduta generoso e nobre.
A sementeira de ontem já foi lançada e hoje colhemos os seus frutos.
Não há como retornar sobre os próprios passos e desfazer o passado.
Mas o amanhã está inteiro por construir.
Optemos firmemente pelo bem, seguindo os exemplos do cristo.
Bem rápido a vida nos dará frutos de paz e amor.
Afinal, como disse o apóstolo, “aquilo que o homem semear, isto também ceifará”.
Equipe de Redação do Momento Espírita, com base no capítulo XXXIV do livro Segue-me!..., do Espírito Emmanuel, psicografia de Francisco Cândido Xavier.
2 comentários:
Marcia,
Lindo texto.
Verdade mais que verdadeira!
Anjo meu!
Vim matar as saudades e agradecer a tua compreensão com a minha falta de tempo.
Para que me perdoes, deixo um lindo poema:
Amigo Virtual
© Letícia Thompson
Vou abrir as portas
Do meu computador!
Entre!!!
Traga pra mim
Esse gostoso riso
Que nunca ecoa!
Conte pra mim
Suas velhas histórias,
Deixa que eu me deite
Em seus ombros invisíveis
E segure em suas mãos firmes!...
Não sei olhar em seus olhos,
Mas sei sentir seu olhar,
E suas palavras
Entram direitinho
No meu coração.
O mundo parece tão pequeno
Atrás dessa rede!
Ah! Você vem
E eu nem sei de onde,
Sem passaporte
Atravessa as fronteiras
Do limite do impossível,
Traz paz e consolo,
Uma palavra, um verso
E coloridas flores
Sem perfume,
Mas que são bálsamo
Para a alma!...
Vou abrir minha casa
Para que você entre!...
Tome um café com bolo,
Me conte de você,
Permita que eu ria seus risos,
E deixe que eu seque suas lágrimas,
Se preciso for.
Você não é apenas um nome
Que se esconde atrás de um arroba,
Você tem alma
E asas,
Como os verdadeiros anjos...
Você tem um "eu"
Que precisa e deve
Ser respeitado,
Que precisa e deve
Ser amado.
De virtual, na verdade,
Você não tem nada!!!
Claro!!!
Meu café não tem sabor
E meu bolo não é doce,
Quando virtual,
Mas meu carinho
E meu amor
São, nessa rede toda,
Tudo o que tenho de mais real.
Então...
Entre sem bater!!!
Sente-se!
Tem café, bolo
E minha amizade
Esperando por você
Atrás da tela
Desse meu computador.
Meu carinho,
ANJO SEDUTOR, SEDUZIDO, MALUQUINHO E REBELDE
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