O grande gerador da infelicidade é a culpa que não permite, quando instalada, esperar algum tipo de punição
para alívio daquilo que consideramos uma transgressão. Vivemos sempre à espera de que essa punição ocorra, gerando ansiedade e adiando nossa felicidade. É claro que tudo isso ocorre também como um mecanismo que possibilita a percepção da própria liberdade individual.
Há pessoas que necessitam de limites para melhor administrar sua liberdade, porém essa regra é utilizada de
forma excessiva e castradora, em face do medo que tem o ser humano de perder o controle sobre si mesmo. O propósito de todo ser humano é alcançar a felicidade possível sem perder a noção da responsabilidade individual pelos próprios atos. Ser feliz só é possível através da liberdade com responsabilidade. Quem não for capaz de assumir as conseqüências de seus atos, não conseguirá viver com a consciência em paz e em harmonia. Religiões e filosofias foram – e ainda o são – utilizadas como mecanismos de dominação coletiva sob o argumento de que o passado da humanidade demonstra sua necessidadede impor limites. É necessário que se perceba o espírito como ser presente que, embora assentado sobre seu passado, está sempre olhando para o futuro. Sem esquecer o passado é preciso viver o presente com o olhar no futuro. As religiões valorizam mais o passado que o futuro do ser humano, impondo-lhe que carregue sempre alguma culpa. As religiões, como são praticadas, servem para determinadasclasses de crentes. Para outras elas necessitam de
interpretações e compreensões mais avançadas sob pena de se extinguirem. Elas devem ser entendidas de formas distintas e de acordo com o nível de evolução do espírito.
Na maioria delas, o conceito de felicidade passa pela culpa e pela negação à vida na matéria. Entender que ela, a felicidade, só poderá ocorrer alhures, pós-morte, é negar o sentido da existência, consequentemente o presente. Não entregue sua felicidade à crítica das religiões, das filosofias, dos outros ou dos equívocos que cometeu. A religião, por natureza, deve facilitar o processo de crescimento do ser humano. Tome a sua como auxiliar de seu equilíbrio psicológico e espiritual. Não coloque sua felicidade à mercê das contingências acidentais de sua vida ou mesmo de uma fase de turbulência por que você esteja passando. Lembre-se de que viver não é ato isolado de um ser humano. É um contexto, uma conexão e um sentido. Na união dessas realidades junta-se o Espírito que é você. Assuma o comando de sua vida e a coloque a serviço do propósito de ser feliz. Siga aquele ditado que diz ‘viva e deixe os outros viverem’.
Ninguém no mundo está irremediavelmente condenado a sofrer ou a penar eternamente, seja na vida ou na morte. As teorias que levaram o ser humano a se achar perdido ou condenado a sofrer pelos atos o distanciaram de sua própria felicidade. O ser humano está ‘condenado’ a ser feliz e essa conquista é feita individual e coletivamente. Ele foi presenteado por Deus que lhe deu a Vida. Convido o leitor a despojar-se de conceitos, pelo menos durante a leitura deste texto, para penetrar no próprio coração e pensar na felicidade como um estado de espírito possível. Lembre-se de que coração e razão são faces de uma mesma moeda, que representa o ser humano. Tentar separá-las é tolice.
Um abraço cordial
Um comentário:
Muito profundo esse texto. E tem gente que não acredita em nada disso. Ficam presos em ganhar dinheiro e comprar, comprar, comprar...
Ficou bonito o blog de roupa nova rsrsrsr
Postar um comentário